10.1.11

Desculpa se tenho sido deveras repugnante, como uma doença juntei tudo que me serviu um dia e já não me serve mais, tudo que um dia pudesse vir a ser útil e todo o resto também.
Minha casa, que é minha mente, juntou tudo o que conseguia pelo caminho, de uma margarida que você quase pode sentir sorrir, até o mais asqueroso lixo, tudo isso se misturou e já de tanta tralha não acho a porta, e nem a janela.
Vou me livrando de vagarzinho essas coisas que não me interessam.
Deixo ainda uma estrela do mar, uma flor já seca, um livro amarelado e um caderno no armário da recordação, e vou deixando a sala de estar livre para quem quiser entrar, tomar um chá e ir embora.

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